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Categoria: Hacker,

  • Hacker deixa rastro digital e é preso em menos de 48 horas

    Suspeito teria fornecido login e senha para criminosos, facilitando transferências em massa. Prejuízo de uma das empresas atacadas supera meio bilhão de reais.

    Um funcionário da empresa C&M Software foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, suspeito de participar do que é considerado o maior golpe cibernético contra instituições financeiras no Brasil. João Nazareno Roque teria fornecido login e senha do sistema da empresa para um grupo de hackers, facilitando transferências em massa, muitas via Pix.

    A C&M Software presta serviços interligando pequenas instituições financeiras ao sistema de pagamentos do Banco Central. O montante total desviado ainda não foi revelado, mas apenas uma das empresas atacadas teve um prejuízo de aproximadamente R$ 541 milhões.

    Rastros digitais deixados pelos criminosos permitiram que a polícia chegasse ao suspeito em menos de 48 horas após os ataques. Além da prisão, a justiça determinou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta usada para receber parte do dinheiro desviado.

    João Nazareno Roque informou à polícia que não conhece pessoalmente o grupo de hackers, comunicando-se apenas por celular. Ele admitiu que o número do aparelho era trocado a cada 15 dias para evitar rastreamento. Os investigadores anunciaram a formação de uma força-tarefa para localizar os demais criminosos envolvidos.

    Os ataques afetaram apenas as contas reservas usadas para movimentações financeiras entre as instituições e mantidas pelo Banco Central. Recursos de clientes não foram atingidos.

    Ronaldo Lemos, advogado especialista em tecnologia, elogiou a rápida atuação da polícia na identificação dos rastros digitais deixados pelos criminosos. No entanto, ele questionou as lacunas de segurança que permitiram o ataque. “Será que a credencial individual desse funcionário tinha o poder de fazer transações desse montante, de centenas de milhões de reais? Isso não é comum, porque esse tipo de transação exige vários fatores de confirmação”, pontuou Lemos.

    O especialista também criticou o uso apenas de login e senha para operações de alto valor, recomendando a implementação de múltiplos fatores de autenticação para reforçar a segurança.

  • Hacker atua com polícia e impede estupro de jovem em SP

    Hacker atua com polícia e impede estupro de jovem em SP

    Por Vitor Guerras no Só Notícia Boa 

    Essa hacker atuou com a polícia de São Paulo (SP) para impedir o estupro de uma adolescente. Além de evitar a violência, a jovem conseguiu fornecer a localização do suspeito para a polícia.

    Vitória Okia, de 24 anos, é estudante de engenharia de software e mora em Araçatuba (SP). Atuando voluntariamente em investigações policiais ligadas a redes sociais, começou a monitorar uma conversa entre o suspeito e a adolescente pelo Discord.

    O criminoso, que se identificava na plataforma como “Barbey”, confessou a outros membros que tinha a intenção de estuprar a jovem. O encontro entre os dois teria sido marcado em um shopping, mas com os dados que Vitória forneceu aos policiais, o homem foi preso e a menina está em segurança!

    Rastreio da conversa

    Vitória tem uma empresa de serviços tecnológicos e decidiu usar o conhecimento para fazer o bem. No caso dessa investigação, ela salvou uma vida!

    Aos poucos, ela foi conseguindo rastrear a conversa. “Ele disse nas mensagens que, além de levar uma lâmina para passar no pescoço da vítima, ia estuprar e matar ela [sic]”, relatou a jovem.

    Com algumas informações, a hacker chegou até os familiares da menina. Em seguida, enviou uma mensagem ao pai da criança. De início, o homem achou se tratar de um golpe, mas logo percebeu que o perigo era real.

    Polícia agradece

    Vitória ainda orientou os pais da menina, que foram até a polícia e registraram um boletim de ocorrência.

    Agora, o resto era com a polícia, que, com autorização da justiça, foi até a casa do suspeito e prendeu o homem. O criminoso já tinha uma extensa ficha, incluindo outros casos de abuso.

    Para o agente policial Geraldo Moreira Gomes Filho, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo (SP), o trabalho de Vitória foi fundamental.

    “No caso do Barbey, recebemos muitas informações e provas que colaboraram para a prisão do investigado. O primeiro contato com a Vitória foi por conta do grande número de vítimas de violência pelas redes sociais e também por meio de uma jornalista que foi até a delegacia e nos apresentou ao hacker. Diante disso, vimos que ela poderia nos ajudar nas investigações”, disse em entrevista ao G1.

    “Faço para ajudar”

    Vitória é o que chamamos de hacker ético, um profissional que utiliza o conhecimento e ferramentas de tecnologia para evitar crimes.

    “Tudo o que eu posso fazer, que está ao meu alcance, eu faço para ajudar. Várias meninas me pedem ajuda com casos parecidos e também sérios”, destacou.

    A área de atuação da estudante de engenharia está, principalmente, no Discord.

    “Eu atuo voluntariamente em investigações na plataforma Discord, na qual, dentro dos servidores chamados de ‘panelas’, acontecem diversos crimes. Muitas vezes, esses servidores são menores de idade, tanto os agressores quanto às vítimas”, contou.

    Além disso, ela também dá palestras gratuitas em escolas da região. O objetivo é conscientizar os jovens e evitar outros tipos de crimes.

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