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Categoria: Rede sociais

  • Hacker atua com polícia e impede estupro de jovem em SP

    Hacker atua com polícia e impede estupro de jovem em SP

    Por Vitor Guerras no Só Notícia Boa 

    Essa hacker atuou com a polícia de São Paulo (SP) para impedir o estupro de uma adolescente. Além de evitar a violência, a jovem conseguiu fornecer a localização do suspeito para a polícia.

    Vitória Okia, de 24 anos, é estudante de engenharia de software e mora em Araçatuba (SP). Atuando voluntariamente em investigações policiais ligadas a redes sociais, começou a monitorar uma conversa entre o suspeito e a adolescente pelo Discord.

    O criminoso, que se identificava na plataforma como “Barbey”, confessou a outros membros que tinha a intenção de estuprar a jovem. O encontro entre os dois teria sido marcado em um shopping, mas com os dados que Vitória forneceu aos policiais, o homem foi preso e a menina está em segurança!

    Rastreio da conversa

    Vitória tem uma empresa de serviços tecnológicos e decidiu usar o conhecimento para fazer o bem. No caso dessa investigação, ela salvou uma vida!

    Aos poucos, ela foi conseguindo rastrear a conversa. “Ele disse nas mensagens que, além de levar uma lâmina para passar no pescoço da vítima, ia estuprar e matar ela [sic]”, relatou a jovem.

    Com algumas informações, a hacker chegou até os familiares da menina. Em seguida, enviou uma mensagem ao pai da criança. De início, o homem achou se tratar de um golpe, mas logo percebeu que o perigo era real.

    Polícia agradece

    Vitória ainda orientou os pais da menina, que foram até a polícia e registraram um boletim de ocorrência.

    Agora, o resto era com a polícia, que, com autorização da justiça, foi até a casa do suspeito e prendeu o homem. O criminoso já tinha uma extensa ficha, incluindo outros casos de abuso.

    Para o agente policial Geraldo Moreira Gomes Filho, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo (SP), o trabalho de Vitória foi fundamental.

    “No caso do Barbey, recebemos muitas informações e provas que colaboraram para a prisão do investigado. O primeiro contato com a Vitória foi por conta do grande número de vítimas de violência pelas redes sociais e também por meio de uma jornalista que foi até a delegacia e nos apresentou ao hacker. Diante disso, vimos que ela poderia nos ajudar nas investigações”, disse em entrevista ao G1.

    “Faço para ajudar”

    Vitória é o que chamamos de hacker ético, um profissional que utiliza o conhecimento e ferramentas de tecnologia para evitar crimes.

    “Tudo o que eu posso fazer, que está ao meu alcance, eu faço para ajudar. Várias meninas me pedem ajuda com casos parecidos e também sérios”, destacou.

    A área de atuação da estudante de engenharia está, principalmente, no Discord.

    “Eu atuo voluntariamente em investigações na plataforma Discord, na qual, dentro dos servidores chamados de ‘panelas’, acontecem diversos crimes. Muitas vezes, esses servidores são menores de idade, tanto os agressores quanto às vítimas”, contou.

    Além disso, ela também dá palestras gratuitas em escolas da região. O objetivo é conscientizar os jovens e evitar outros tipos de crimes.

  • Como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes?

    Como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes?

    Texto original extraído na integra de: https://pequenoprincipe.org.br/noticia/como-o-celular-e-as-redes-sociais-afetam-os-adolescentes/

    Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes e dá dicas para a utilização equilibrada.

    O uso excessivo de celular e redes sociais pode ter diversos efeitos negativos na saúde mental, física e social dos adolescentes. Por isso, o Hospital Pequeno Príncipe dá dicas sobre como promover a utilização equilibrada e responsável dessas tecnologias, para minimizar os malefícios e garantir o bem-estar. Ainda mais em uma fase que já é marcada por muitas mudanças significativas, como a puberdade e formação do cérebro adulto.

    A psicóloga e coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, pontua que a satisfação imediata gerada pelo uso das redes sociais pode levar a um mecanismo cerebral de dependência. Ou seja, gera uma desordem neurológica que afeta o sistema de recompensa do cérebro, que necessita cada vez mais desse consumo. “Se os pais notarem perda de interesse pelos estímulos reais e cotidianos em um nível que só as redes sociais parecem satisfazer, precisam buscar ajuda especializada”, alerta.

    Geração ansiosa

    Estudos indicam que a exposição excessiva às telas está correlacionada com o aumento da ansiedade entre adolescentes. O uso frequente de dispositivos digitais gera um excesso de estímulos, sobrecarregando o cérebro em desenvolvimento. Além disso, interfere em atividades essenciais como brincar, socializar, descansar e alimentar-se adequadamente.

    De acordo com a psicóloga Marjorie Rodrigues Wanderley, do Hospital Pequeno Príncipe, dois principais fatores estão relacionados ao aumento dos casos de ansiedade. São eles: a frequência e o modo de uso.

    Quanto à frequência, uma exposição a telas por um tempo excessivo acaba gerando um excesso de estímulos com os quais o cérebro não está preparado para lidar. Já o modo de uso diz respeito ao conteúdo. Por exemplo, jogos digitais e redes sociais oferecem estímulos visuais e sonoros intensos e recompensas frequentes, o que pode levar a uma produção excessiva de dopamina no cérebro. Embora seja conhecida como neurotransmissor da felicidade, a substância em excesso pode causar ansiedade devido ao ritmo acelerado no qual se dá o mundo digital.

    O psicólogo americano Jonathan Haidt, autor do livro “A geração ansiosa” destaca quatro soluções urgentes. Primeiro, não liberar smartphones antes dos 14 anos (no máximo, disponibilizar um celular só para chamadas e SMS). Segundo, adolescentes entrarem nas redes sociais apenas após os 16 anos. Além disso, não permitir o uso de celular na escola, para incentivar os aprendizados, brincadeiras e interações de forma integral. Por fim,  proporcionar uma infância mais independente.

    Como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes?

    O uso excessivo e sem ponderação pode afetar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, gerando problemas como:

    • dificuldades de aprendizado, atenção, concentração e comunicação;
    • interferência na capacidade de criatividade e na solução de problemas;
    • problemas de autoestima, autoimagem e autoconfiança;
    • quadros de ansiedade, impulsividade, depressão e isolamento;
    • alto risco de golpes e cyberbullying (intimidações e agressões no ambiente virtual);
    • privação do sono e atividades físicas, bem como alimentação inadequada;
    • problemas de visão e de postura.

    Dicas para pais e cuidadores

    Segundo Angelita, não há consenso entre os estudiosos sobre a maneira ideal de evitar e prevenir as consequências do uso de telas e redes sociais para a saúde mental. Porém, falar a respeito dos riscos do excesso é uma necessidade primordial. Ela também destaca algumas estratégias, como:

    • seja um bom exemplo e fique atento ao próprio tempo de exposição às telas;
    • deixe o celular de lado em momentos de convivência para dar atenção às interações reais;
    • proporcione interações reais em diferentes ambientes e com pessoas de outras gerações;
    • proporcione estímulos atrativos, como jogos e desafios, que geram satisfação, diversão e fortalecimento dos vínculos;
    • ajude o adolescente a desenvolver estratégias para lidar com a realidade, como o vazio e o tédio. Afinal, o cotidiano não é sempre satisfatório e divertido;
    • incentive e apoie o adolescente a encontrar propósitos, motivações e satisfações com a vida real;
    • mantenha e estimule relações de afeto e vínculos de confiança para que o adolescente reconheça seu lugar de pertencimento fora das redes sociais;
    • estabeleça limites de uso de telas, supervisione e priorize jogos e filmes com fins educativos, com o intuito de estimular o desenvolvimento cognitivo;
    • monitore as redes sociais do adolescente, tanto observando com quem ocorrem as interações quanto perguntando e conversando a respeito.

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